A Catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida, popularmente conhecida como Catedral de Brasília, foi projetada por Oscar Niemeyer e construída entre 1959 e 1970, e faz parte do conjunto inicial de edifícios que compõem o Eixo Monumental da capital brasileira.
O edifício é definido pelos seus dezesseis pilares de concreto em forma de bumerangue, que partem de uma planta circular de setenta metros de diâmetro, rodeada por um espelho d’água, e sobem inclinadamente até tocar uns aos outros. O cálculo estrutural desse e dos demais edifícios projetados por Oscar Niemeyer para o conjunto original de Brasília foi feito por Joaquim Cardozo.
A catedral em sí está um nivel abaixo do plano de acesso; o edifício é, assim, meramente sua coberta. Seu acesso dá-se por um caminho criado por quatro esculturas, representando os evengelistas, que levam a uma rampa descendente, estreita e escura.
O contraste entre o que foi visto externamente e o interior que se faz presente é supreendente. Os vitrais que fazem os fechamentos entre os pilares dotam a nave da catedral de abundante luz. A monumentalidade interna parece estar além da majestuosidade externa.
Ao lado do edifício da Catedral está o campanário, cuja solução estrutural é novamente inusitada. Uma barra linear, que apoia sobre ela quatro sinos, sustentada por um único ponto central, que descem formando quatro pilares em suaves curvas.
Do lado oposto está o batistério, finalizando a estrutura tripartida do conjunto. Assim como a Catedral, ele também é um espaço enterrado, mas, ao contrário daquela, sua coberta é uma casca ovóide opaca, levemente iluminada por aberturas laterais.
A Catedral de Brasília é sua obra paradigmática, onde a concepção arquitetônica é reduzida ao mínimo, à sua estrutura, ao mesmo tempo que a concepção estrutural é levada ao máximo de suas possibilidades. Como disse o próprio arquiteto: “quando a estrutura está feita, o edifício está pronto”.